A nova espécie se distribui pela bacia do rio Piraquê Açu e pela sub-bacia do rio Timbuí. O nome da espécie segundo os autores foi dado em homenagem ao eminente naturalista Augusto Ruschi em reconhecimento ao seu incansável esforço para criar a área de conservação da Reserva Biológica Augusto Ruschi, onde esta nova espécie é preservada e encontrada, e por suas notáveis contribuições para o conhecimento dos beija-flores da Floresta Atlântica.
Estes peixes pertencem ao grupo popularmente conhecidos como “cascudos”. São peixes que possuem boca em forma de ventosa, placas ósseas ao invés de escamas, capacidade de dilatar a pupila do globo ocular e tem cabeça achatada.
Habitam diversas regiões dos rios, geralmente são encontrados mais próximos onde as águas são mais correntes, o que proporciona maior nível de oxigênio diluído.
Tem seu nome em português, “cascudo” devido à couraça que recobre seus corpos. São pequenas placas ósseas que percorrem o corpo em várias fileiras (de duas a várias fileiras), e lhes conferem aparência visual e sensação tátil de lixa. Essa “armadura”, geralmente, recobre apenas a parte “superior” dos peixes, deixando o ventre ou “barriga” apenas com pele lisa.
O material foi coletado por Rogerio L. Teixeira, teresense que durante sua vida tem contribuído de forma fundamental para o conhecimento dos peixes de água doce capixaba.
Excelente notícia. Justa homenagem. Parabéns aos autores e coletores da nova espécie.
Reconhecer novas espécies, conhecer a fauna de diferentes regiões e mais do que isso, prestar homenagem aos grandes conservacionistas é uma atitude de cidadania, aproximando todas as pessoas das ciências naturais. Parabéns aos autores que souberam disseminar a sua ciência, reconhecendo que a motivação para o exercício desta linda profissão envolve o reconhecimento dos que souberam valorizar a natureza.