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Instituto Nacional da Mata Atlântica

Mata Atlântica
Museu Mello Leitão
Instituto Nacional da Mata Atlântica



Mata Atlântica 

A Mata Atlântica, que historicamente cobria todo o leste do Brasil, abrangendo 17 estados, foi nos últimos séculos fortemente impactada e fragmentada. Mesmo assim, está entre os sistemas florestais com as maiores biodiversidades do planeta, sendo considerada uma das prioridades em termos de conservação mundial. Além da riqueza de flora, fauna e microrganismos, a Mata Atlântica oferece estratégicos serviços ambientais, como água de qualidade, polinização de culturas, proteção do solo e equilíbrio climático.
Portanto, a criação de um instituto vinculado ao sistema nacional de ciência e tecnologia, com a missão de estudar e conservar a Mata Atlântica, foi um grande avanço brasileiro e vai ao encontro do compromisso com a Convenção sobre a Diversidade Biológica, um dos mais importantes tratados das Nações Unidas na área ambiental, do qual o Brasil é signatário.

Museu Mello Leitão

O Museu de Biologia Prof. Mello Leitão (MBML), fundado por Augusto Ruschi em 1949, tem se destacado no estudo da biodiversidade e conservação da Mata Atlântica. O Museu permaneceu como organização não governamental até 1983, quando foi incorporado ao Governo Federal por intermédio da então Fundação Nacional Pró-Memória, posteriormente foi incorporada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e em seguida ao IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus, ambos vinculados ao Ministério da Cultura
Está sediado em um parque de 77.000 m2, na cidade de Santa Teresa – ES, que inclui a Casa de Augusto Ruschi, atualmente sede administrativa, biblioteca, pavilhão de ornitologia, pavilhão de botânica, viveiros de animais e plantas, casa de hóspedes, auditório, marcenaria, etc. o Parque do Museu faz parte da rede brasileira de jardins botânicos e possui diversas espécies de árvores, algumas das quais plantadas por personalidades de grande prestígio no cenário cultural, científico e social do Brasil e exterior. Para o desenvolvimento de pesquisas intensivas, o Museu dispõe de duas estações biológicas a poucos quilômetros de sua sede.
O Museu recebe cerca de 30.000 visitantes por ano, sendo que um pouco mais da metade é representada por alunos do ensino fundamental e médio e os demais são turistas brasileiros e estrangeiros. O Museu desenvolve um programa educativo direcionado aos visitantes e a escolas da região e guarda e estuda um importante acervo biológico, com cerca de 22.000 exemplares da fauna e cerca de 36.000 registros da flora. Por seu acervo e localização estratégica na Mata Atlântica, o Museu tem apoiado cientistas de diversos países, em estudos sobre a diversidade, ecologia e conservação da Mata Atlântica.
O periódico científico “Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão”, foi iniciado em 1949 com a série “Biologia”, depois sendo adicionadas as séries Antropologia, Botânica, Divulgação, Geologia, Proteção à Natureza e Zoologia. Atualmente é editado, semestralmente, com a série única denominada “Nova Série”. Após a reformulação ocorrida em 1992 foram publicados 24 números, cujos exemplares tem sido distribuídos para cerca de 500 instituições no Brasil e 70 no exterior.

Instituto Nacional da Mata Atlântica

Entendendo que o Museu não poderia desenvolver toda as suas potencialidades no âmbito do MinC, houve um amplo movimento de cientistas, conservacionistas e ambientalistas visando à transferência da Instituição para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, onde se fortaleceria como instituto de pesquisas.
Em 2010, por iniciativa do MCTI, com anuência do MinC, foi enviado ao Congresso Nacional um projeto de lei que, dentre outras medidas, transferia o Museu Mello Leitão para o MCTI, transformando-o em Instituto Nacional da Mata Atlântica. O PL foi aprovado no final de 2013 e a Lei foi sancionada pela Presidente da República em fevereiro de 2014 (Lei 12.954, de 05 de fevereiro de 2014).
O Decreto 8.877, de 18/10/16, publicado com atraso de mais de dois anos (a Lei que cria o Instituto foi sancionada em fevereiro de 2014) tira do limbo uma instituição que tem uma história de 67 anos, mas que tem sofrido com essa indefinição, acumulando sérios problemas de gestão. Obviamente, há muito o que se fazer, começando pela oficialização e preservação do histórico nome “Museu de Biologia Prof. Mello Leitão” no âmbito do Instituto, bem como a constituição de uma equipe de trabalho, hoje bastante fragilizada. Mas com a incorporação completa ao MCTI&C, o INMA já poderá constituir seus conselhos assessores, elaborar seu planejamento estratégico e seu regimento Interno e, o que é mais urgente, constituir um comitê de busca para o lançamento de um edital público de seleção de Diretor. Diante do desafio que se impõe, é importante atrairmos lideranças que, ao mesmo tempo, tenham bagagem científica, visão de futuro e boa capacidade de gestão pública.
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