Continuamos esperando…

20131026Passados quase quinze dias do relatório do Senador Eduardo Braga, nem ao menos entrou na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania para ser votado.

Nenhuma ação concreta do governo estadual ou federal foi tomada no sentido de assegurar condições de funcionamento para o setor de pesquisas do Museu nesta fase de transição para o MCTI.

Não houve nenhuma atitude da FAPES no sentido de abrir editais com linhas de financiamentos que pudessem apoiar as coleções biológicas do Museu.

Apesar do texto no site do IEMA que informa: “O Museu de Biologia Prof. Mello Leitão é um dos Pólos de Educação Ambiental do Espírito Santo, a partir do qual o governo do Estado, por meio da SEAMA e do IEMA, apóiam em diferentes níveis, atividades educativas realizadas por instituições em algumas regiões do Estado (Pólos), com base nos trabalhos de educação ambiental já desenvolvidos em suas respectivas áreas de abrangência (Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, São Roque do Canaã, Colatina, Itarana e Itaguaçu), respeitando e valorizando os aspectos característicos e as demandas específicas de cada região.”

Apesar do Museu ser um dos polos que mais mobiliza jovens do estado no campo da educação ambiental, nos últimos anos o IEMA não aplicou nenhum “tostão” de sua verba para que o Museu pudesse realizar seu trabalho.

Mas vamos nos manter firmes. Como o garotinho do conto abaixo:

“Um garotinho bateu a porta do paraíso e quando São Pedro chegou, ele pediu permissão para entrar. São Pedro disse-lhe para esperar um pouco, enquanto ia consultar Deus. Enquanto esperava, o menino olhou em volta, para a ampla paisagem que o rodeava. Como era fim de outono, as árvores estavam cobertas com folhas douradas, avermelhadas, alaranjadas e verdes. Até onde o olhar podia alcançar, havia árvores fulgurantes, umas atrás das outras, colinas e colinas de beleza flamejante.
São Pedro então retomou.
-Eu tenho a resposta de Deus. Você vê todas aquelas árvores? – e mostrou com a mão 360 graus no horizonte.
O garotinho respondeu:
-Sim.
Pedro continuou:
-Deus disse que, quando as folhas tiverem caído dessas árvores tantas vezes quanto há folhas nas árvores, você poderá entrar no paraíso.
O garotinho sentou-se sem pressa e, olhando para São Pedro, disse-lhe:
-Por favor, diga a Deus que a primeira folha já caiu.

Só esperamos ter forças para manter o Museu funcionando enquanto caem as folhas.

Imprensa capixaba repercute matéria da SAMBIO

Cometário dos Drs Sergio Lucena, Claudio Nicoletti de Fraga e Luisa Maria Sarmento Soares e Valeria Fagundes sobre a matéria