INMA na pauta

A Bancada Capixaba se reúne hoje com o Ministro das Ciências e Tecnologia em Brasília para tratar da criação do Instituto Nacional da Mata Atlântica. Infelizmente a SAMBIO não poderá participar por falta de recursos para deslocar um de seus integrantes até Brasília, mas já encaminhou suas sugestões, entre as quais a principal é a criação imediata de um Grupo de Trabalho que cuide do processo de transição.

Vejam os compromissos do atual ministro segundo publicação no site do MCTI:

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Dar continuidade aos programas existentes, criar um projeto que combine crescimento econômico, justiça social e sustentabilidade ambiental e promover um salto de qualidade na produção científica e tecnológica. Essas são as metas do novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, que recebeu o cargo, nesta segunda-feira (17), do antecessor Marco Antonio Raupp em cerimônia no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em Brasília.
Campolina defendeu a necessidade de criação de um plano ousado para a ciência brasileira e contou que essa foi a orientação da presidenta da República, Dilma Rousseff, ao convidá-lo. “Um plano com prioridades claras, porta pública de projetos, com critérios objetivos de seleção permitirão superar a pulverização atual do investimento em pesquisa e desenvolvimento [P&D] e estimular toda uma nova geração de pesquisadores cientistas e empresas inovadoras”, detalhou.

Ele convidou a comunidade científica, o sistema acadêmico-universitário, instituições de pesquisa, secretarias estaduais de ciência e tecnologia, fundações de amparo à pesquisa (FAPs) e o sistema empresarial a contribuírem para o aperfeiçoamento e para a implementação da política de ciência e tecnologia.

“É preciso formular um grande programa para ciência brasileira, ter visão de futuro e andar rápido. E esse programa só terá legitimidade e viabilidade se for construído de forma conjunta com as instituições de ciência e tecnologia e a comunidade científica”, observou. “O Brasil tem pressa e capacidade para definir e priorizar os domínios tecnológicos e áreas científicas críticas para a transformação da estrutura produtiva brasileira.”

Formação

Para o ministro, um plano de investimento deve criar para as próximas décadas uma geração de cientistas que coloque o país mais próximo da fronteira do conhecimento. A ideia é que as prioridades, meios e caminhos estratégicos para a construção do arrojado programa sejam discutidas no âmbito do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT).

Ele apontou a formação de recursos humanos qualificados, em ciência básica e aplicada e em tecnologia como questão crítica para um país que pretende melhorar a qualidade de vida da sua população. “É prioridade absoluta, uma ênfase, uma política de capacitação e recursos humanos. O Brasil já tem um programa de pós-graduação muito avançado, mas essas coisas precisam ser complementadas principalmente pela educação básica e por essa interface com o sistema produtivo, com as empresas, pois são elas que na prática materializam a inovação”, enfatizou.

Segundo o novo titular do MCTI, que é economista e foi reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é preciso traduzir o avanço científico verificado, nos últimos anos, em geração de riqueza e na capacidade de competitividade de que o país necessita. Se há consenso sobre o papel da ciência para a inovação, ao lado do sistema acadêmico-universitário e de pesquisa, o grande desafio está relacionado com a forma de organização, institucionalização desses processos, disse Campolina.

Internalizar e internacionalizar

Para o ministro, outro desafio é incentivar a internalização da pesquisa e da inovação do capital estrangeiro no Brasil, para que a pesquisa seja feita no país. “Todos os países desenvolvidos fizeram isso. Ampliaram a internacionalização do esforço de pesquisa. Os Estados Unidos se industrializaram com empresa europeia fazendo pesquisa lá, o que a China está condicionando as empresas a fazer”, explicou.

Com o objetivo de viabilizar a internalização da pesquisa, Clelio Campolina defendeu a criação de um ambiente cooperativo, de estímulo e de condicionantes para facilitar o processo. “O Brasil é uma fronteira do desenvolvimento mundial e nós estamos diante de um quadro reestruturação da ordem global. Temos que mostrar que o Brasil é um país viável que tem potencialidades, e o capital estrangeiro, à medida que se convencer disso, internalizará a pesquisa”, sustentou.

“O caminho não é fácil. É preciso ter consciência política e social dessas dificuldades e agir de forma objetiva e permanente para aproveitar as oportunidades surgidas, o que só se faz com muita determinação e trabalho”, ressaltou.

Para o novo titular do MCTI, há uma nova revolução tecnológica em curso. Ele analisou que o desenvolvimento econômico, as novas tecnologias e os processos de inovação estão hoje totalmente articulados com o desenvolvimento científico, mas falta prevalência dos objetivos sociais e humanos.

Participaram do evento na capital federal os ministros Mauro Borges, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Henrique Paim, da Educação, além de dirigentes de instituições de pesquisa e de entidades ligadas à área científica e tecnológica, parlamentares e dirigentes e servidores do MCTI.

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI (alterado para acréscimo às 22h35)

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