Em 10 de Maio de 2011, o então Prefeito de Santa Teresa esteve no MCTI em Brasilia onde manifestou a disposição em doar uma área de aproximadamente 120 hectares de reserva para a instalação da área de pesquisas do futuro Instituto. (Prefeito de Santa Teresa no MCT)
Nesta ocasião foi entregue Relatório técnico preliminar sobre esta área. Damos continuídade a publicação do texto deste Relatório
A CRIAÇÃO DO INSTITUTO NACIONAL DA MATA ATLÂNTICA E DEMANDA POR ESPAÇO FÍSICO
Em 26 de maio de 2010, na abertura da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o projeto de lei que transfere o Museu para o MCT e cria o Instituto Nacional de Mata Atlântica (INMA). O Governo resolveu fazer essa transferência por meio de um projeto de lei que abriga a criação de outros institutos de pesquisa: o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE); o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP); e o Instituto Nacional de Águas (INA). Portanto, é um projeto único para as quatro unidades científicas. O Projeto de Lei (07437/2010) está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Em outubro de 2010 o Conselho Científico do Museu reuniu-se com o Dr. José Edil Benedito, então Sub-Secretário da SCUP/MCT, quando foi feita uma avaliação preliminar do crescimento institucional e físico do MBML, com a sua transformação no INMA. Foi, então, constatado que o Parque do Museu não tem espaço suficiente para a ampliação que se fará necessária em médio e longo prazo para a instalação de laboratórios, prédios de coleções científicas e outras estruturas de apoio à pesquisa.
O MBML está sediado em um parque de 77.000 m2, na cidade de Santa Teresa – ES, que inclui a Casa de Augusto Ruschi, atualmente sede administrativa, biblioteca, pavilhão de ornitologia, pavilhão de botânica, viveiros de animais e plantas, casa de hóspedes, auditório, marcenaria, etc. o Parque do Museu faz parte da rede brasileira de jardins botânicos e possui diversas espécies de árvores, algumas das quais plantadas por personalidades de grande prestígio no cenário cultural, científico e social do Brasil e exterior. Portanto, pouco se pode mexer nessa área sem impactos culturais e ambientais. O Museu também dispõe de duas estações biológicas, a poucos quilômetros de sua sede, mas essas áreas são quase completamente cobertas por Mata Atlântica, sendo inviáveis para atender à demanda de novas construções.
O Parque do Museu tem sido utilizado em atividades de difusão científica e educação ambiental e, certamente, deve manter essa vocação, além de abrigar a sede administrativa. Mas a ampliação do setor de coleções e pesquisas demandará uma área sem as limitações hoje existentes. Com a transferência das coleções para outro local mais adequado, espaços como a antiga casa de Augusto Ruschi, que hoje é ocupada por setores administrativos e pela coleção botânica, poderiam ser destinadas à preservação da memória deste importante naturalista, que foi um dos precursores da preservação da Mata Atlântica.
Ao tomar conhecimento deste assunto o então Prefeito Municipal de Santa Teresa, reconhecendo a importância da instalação do Instituto Nacional da Mata Atlântica, colocou à disposição um terreno adquirido com o intuito de transformá-la em jardim botânico e de proteger as nascentes do córrego que abastece a cidade de Santa Teresa.