INMA – Uma Proposta – Área Oferecida

Pequeno Lago formado por uma barragem antiga

Pequeno Lago formado por uma barragem antiga

Em 10 de Maio de 2011, o então Prefeito de Santa Teresa esteve no MCTI em Brasilia onde manifestou a disposição em doar uma área de aproximadamente 120 hectares de reserva para a instalção da área de pesquisas do futuro Instituto. (Prefeito de Santa Teresa no MCT)

Nesta ocasião foi entregue Relatório técnico preliminar sobre esta área. Com esta publicação encerramos a publicação do Relatório entre ao MCT

A ÁREA DISPONIBILIZADA PELA PREFEITURA

O terreno oferecido está situado na zona rural, na localidade de Aparecidinha, distrito de Santa Teresa, localizado a, aproximadamente, 4 km da área urbana da cidade de Santa Teresa. São 118 ha, entre as coordenadas de 19º58’05″S e 40º37’32″W e 19º57’30″S e 40º37’08″W, em altitudes em torno dos 800 m, onde se localizam seis das nascentes do braço do Córrego São Pedro utilizado para o abastecimento de água potável da cidade de Santa Teresa.

O relevo na região é formado por encostas íngremes com várzeas intermontanas. O tipo natural de vegetação existente é a Mata Atlântica Submontana. Por toda essa região serrana, inclusive no terreno da Prefeitura, há muitos remanescentes de Mata Atlântica, o que a torna um excelente campo de estudos, coerente com a missão do Instituto Nacional da Mata Atlântica.

O acesso à sede de Santa Teresa é feito por 4,2 km de estrada asfaltada e mais 1 km de estrada de terra em bom estado de conservação.

O terreno dispõe de diversas áreas com relevo adequado à edificação predial de baixo impacto ambiental. São áreas que já estão desmatadas, pois estavam ocupadas por atividades antrópicas, como eucaliptais.

Localização do terreno da Prefeitura sobre uma imagem de satélite

Localização do terreno da Prefeitura sobre uma imagem de satélite

Por tratar-se de região de nascentes, o terreno dispõe de água de boa qualidade e em quantidade suficiente para suportar as novas instalações sem prejuízos para a manutenção do fluxo normal, que abastece os córregos principais.

O terreno possui cerca de 60% de sua área cobertos por matas nativas em diferentes estágios de sucessão. Os 40 % restantes são áreas desmatadas que foram ocupadas por eucaliptais nos últimos anos. Os eucaliptais estão sendo removidos, de maneira que grande parte pode ser utilizada para restauração da Mata Atlântica. A própria recuperação da mata nativa poderá ser um foco de pesquisa do INMA, além de seu potencial educativo e valor ambiental.

Eucaliptal em remoção em área indicada para recuperação de mata nativa

Uma das oportunidades que o terreno oferece está fortemente ligada a uma grande questão ambiental do momento, que é a recuperação de matas ciliares, assunto que tem tido destaque nacional em função das alterações no Código Florestal. Isto compatibiliza um tema de relevância nacional com a preocupação de Santa Teresa de proteger as nascentes dessa bacia hidrográfica. Além disso, as instalações do INMA são perfeitamente compatíveis com o objetivo inicial da Prefeitura, de constituir um Jardim Botânico na região.

Trecho de nascente do córrego São Pedro, próximo da antiga sede da fazenda

A possibilidade de parte das instalações prediais do INMA serem planejadas e edificadas numa área desocupada, cria a oportunidade de se construir um complexo de instalações científicas com visão de futuro, embasado em conceitos arquitetônicos e paisagísticos ambientalmente corretos, podendo servir de modelo em termos técnicos de ocupação de regiões montanhosas de mata atlântica.

Antiga sede da Fazenda - é um dos locais que pode ser aproveitado para novas construções

Antiga sede da Fazenda – é um dos locais que pode ser aproveitado para novas construções

Em síntese, esta avaliação preliminar sugere que o terreno adquirido pela Prefeitura de Santa Teresa na localidade de Aparecidinha apresenta um grande potencial para instalação das futuras dependências do Instituto Nacional da Mata Atlântica, que deverá ser constituído com a incorporação do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão ao Ministério da Ciência e Tecnologia.