Pensando a educação

Tão antigo quanto a Filosofia, o pensamento educacional se desdobra em várias correntes. Estes são alguns dos que pensaram a educação de seu tempo.

Para Alexander S. Neill, a liberdade de escolha constituía a base para o aprendizado infantil. Por isso, a criança nunca deveria ser forçada a aprender. Tais princípios levaram-no à criação de Summerhill, instituição escolar em que a frequência era voluntária e na qual a criança escolheria o que aprender e, assim, se desenvolveria no próprio ritmo.

“Gostaria antes de ver a escola produzir um varredor de ruas feliz do que um erudito neurótico”

Anísio Teixeira pensava a educação escolar como um direito que deveria ser estendido a toda a população, o que demandaria escolas gratuitas de todos os níveis de ensino. Além disso, acreditava que a educação seria o meio para acabar com as diferenças sociais existentes na sociedade brasileira.

“A educação e a sociedade são dois processos fundamentais da vida, que mutuamente se influenciam.”

Carl Rogers foi considerado uma das figuras mais influentes da psicologia norte-americana, Carl Rogers também se dedicou ao campo da educação, propondo uma pedagogia experimental, centrada no aluno. Para ele, os estudantes são mais criativos, aprendem melhor e se tornam mais capazes de solucionar problemas quando os professores atuam como facilitadores do aprendizado.

“A única coisa que se aprende e realmente faz diferença no comportamento da pessoa que aprende é a descoberta de si mesma”.

Florestan Fernandes considerava a escola pública, laica, gratuita, universal e de boa qualidade como meio para reduzir as desigualdades sociais. Para ele, as ciências sociais deveriam contribuir para desvendar os mecanismos pelos quais nas sociedades capitalistas essas desigualdades se produzem e reproduzem.

“Na sala de aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde”

Para Lauro de Oliveira Lima em seu livro “Escola no Futuro”
“A escola é um campo de concentração com mil controles, fichas, horários, torres de observação, representados pelo mecanismo desumano dos processos de verificação, pelo esoterismo lotérico e pitagórico dos processos de promoção através de médias “ponderadas” (sic!) pelo inspetor federal, o homem da moralidade escolar, pelo diretor, o déspota para quem o regulamento “c’est moi”, pelos inspetores de alunos, os “SS” eternamente redivivos, sempre prontos a atirar no trânsfuga ou no rebelde e agora mais (me Hércules!), por um psicólogo escolar encarregado da “lavagem cerebral” de conversão e ajustamento de um homem livre a um sistema de autômatos…”

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br e a “Escola do Futuro” de Lauro Oliveira Lima