de Ciência e Tecnologia. A cerimônia acontece no início da noite desta quarta-feira (26) durante abertura a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O pedido da mudança partiu do senador Renato Casagrande (PSB-ES) quando ainda era deputado federal. Segundo o senador capixaba, que também é presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente do Senado, transformar o museu Mello Leitão no primeiro instituto de pesquisa da Mata Atlântica do Brasil, coloca o Espírito Santo no centro dos principais debates sobre um novo modelo de desenvolvimento que preze a sustentabilidade. A idéia é ampliar o leque de pesquisas ambientais numa relação de parceria envolvendo, principalmente, a academia e outras instituições de pesquisa de todo o mundo.
“Foram mais de seis anos para alcançarmos o entendimento. É um grande passo para revitalizar e preservar o que resta de mata atlântica no nosso país. Instalar esse instituto no município de Santa Teresa é um reconhecimento às pesquisas iniciadas na reserva biológica Santa Lúcia pelo naturalista Augusto Ruschi. Além disso, o local abriga a biodiversidade necessária para abrigar as pesquisas”, comemora o senador Renato Casagrande.
Entenda como ocorreu a transferência
O primeiro passo para transformar o Museu Mello Leitão no primeiro Instituto Nacional da Mata Atlântica, foi sua transferência para o Ministério da Ciência e Tecnologia, antes ele estava vinculado ao Ministério da Cultura. A exposição de motivos foi assinada pelo ministro da C&T, Sérgio Rezende, durante visita ao Estado, e depois seguiu para o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que foi responsável pela avaliação do patrimônio e recursos humanos para formalizar a transferência. Logo após foi encaminhada ao presidente Lula para sanção.
As articulações para a transformação do museu em instituto foram iniciadas há cinco anos, lembra o senador Renato Casagrande. O museu de Santa Teresa, criado pelo pesquisador Augusto Ruschi, já é um centro de referência em pesquisa e passará a ser referência nacional para as pesquisas de mata atlântica, explica o senador. “Depois que o museu for transformado em instituto nacional, será iniciado um novo trabalho para garantir os recursos que vão viabilizar o trabalho dos pesquisadores”, lembrou o senador. “Precisamos de mais laboratórios, infraestrutura, apoio aos pesquisadores, entre outros investimentos”, destacou o parlamentar capixaba.
Além de ser o primeiro instituto de pesquisa da Mata Atlântica do país, a unidade que será instalada na cidade de Santa Teresa, também será o primeiro instituto de pesquisa nacional localizado no Espírito Santo.
Saiba mais sobre o Museu Mello Leitão
O Museu Mello Leitão, fundado em 1949 pelo naturalista Augusto Ruschi (1915-1986), é uma das principais instituições ligadas ao patrimônio natural do país. Com sede no município de Santa Teresa, o Museu controla duas estações biológicas: Santa Lúcia e Caixa D´Água, localizadas no mesmo município.
Ao longo de sua vida, Ruschi identificou, registrou e catalogou centenas de espécies de animais e vegetais, principalmente beija-flores, morcegos e orquídeas. Teve destacado papel na criação de parques e reservas de seu estado, na contenção do desmatamento, e no alerta à população sobre o impacto ambiental dos grandes projetos industriais. Seu valioso acervo científico de plantas e animais tem atraído a atenção de pesquisadores de todo o mundo, e entre suas coleções destacam-se a de beija-flores, com cerca de 1.700 exemplares, a de morcegos, com 1.300, e o herbário, que contém 7 mil plantas para estudo.
As pesquisas científicas são divulgadas no Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão em outras revistas nacionais e estrangeiras. Palestras e congressos são organizados como forma de ampliar o alcance dos trabalhos desenvolvidos na instituição.
Fonte:
Assessoria de Imprensa do Senador Renato Casagrande:
Handerson Siqueira: (27) 9846.0706