Ictiólogos homenageiam Augusto Ruschi

Uma nova espécie de peixe de riacho descrita para o entorno da Reserva Biológica Augusto Ruschi foi nominada como “Pareiorhaphis ruschii” pelos ictiólogos Edson H.L.Pereira, Pablo Lehmann A. e Roberto E. Reis da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e da Universidade do Vale dos Sinos, ambas no Rio Grande do Sul.

Pareiorhaphis ruschii

Pareiorhaphis ruschii

A nova espécie se distribui pela bacia do rio Piraquê Açu e pela sub-bacia do rio Timbuí. O nome da espécie segundo os autores foi dado em homenagem ao eminente naturalista Augusto Ruschi em reconhecimento ao seu incansável esforço para criar a área de conservação da Reserva Biológica Augusto Ruschi, onde esta nova espécie é preservada e encontrada, e por suas notáveis contribuições para o conhecimento dos beija-flores da Floresta Atlântica.

Estes peixes pertencem ao grupo popularmente conhecidos como “cascudos”. São peixes que possuem boca em forma de ventosa, placas ósseas ao invés de escamas, capacidade de dilatar a pupila do globo ocular e tem cabeça achatada.

Habitam diversas regiões dos rios, geralmente são encontrados mais próximos onde as águas são mais correntes, o que proporciona maior nível de oxigênio diluído.
Tem seu nome em português, “cascudo” devido à couraça que recobre seus corpos. São pequenas placas ósseas que percorrem o corpo em várias fileiras (de duas a várias fileiras), e lhes conferem aparência visual e sensação tátil de lixa. Essa “armadura”, geralmente, recobre apenas a parte “superior” dos peixes, deixando o ventre ou “barriga” apenas com pele lisa.

O material foi coletado por Rogerio L. Teixeira, teresense que durante sua vida tem contribuído de forma fundamental para o conhecimento dos peixes de água doce capixaba.

Conheça o trabalho publicado.