Sambio solicita à bancada capixaba reunião com ministro da Ciência e Tecnologia

20130819-4

Any Cometti

A Associação dos Amigos do Museu de Biologia Professor Mello Leitão (Sambio) solicitou à bancada capixaba no Congresso Nacional que seja marcada uma reunião com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, para a formação do Grupo de Trabalho destinado à transição do Museu Mello Leitão ao Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).

A criação do GT foi uma proposta levada a público pelo secretário executivo do MCTI, Luiz Antônio Rodrigues Elias, em novembro de 2013. Na ocasião, o secretário também afirmou que neste ano haverá recursos financeiros disponíveis para o INMA.

Os servidores ligados à Sambio já estão preparando um documento com sugestões para a formação desse grupo. Eles também solicitam a adoção de medidas emergenciais, como a disponibilização de bolsas para pesquisadores e estudantes envolvidos nos trabalhos em parceria com o Museu e com as Coleções biológicas, para que possam dar continuidade aos trabalhos, até que se estabeleça a nova estrutura do INMA.

A Lei nº 12.594, que transforma o Museu Mello Leitão em INMA, transferindo-o da estrutura do Ministério da Cultura (MinC) para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi sancionada nessa quarta-feira (5) pela presidente Dilma Rousseff. A nova legislação também cria o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal e o Instituto Nacional de Águas. Além disso, o texto também prevê a criação de 83 cargos comissionados. O impacto anual no orçamento com o pagamento de pessoal será de R$ 5,3 milhões.

A legislação ainda garante que os servidores do Mello Leitão integrantes do Plano Especial de Cargos da Cultura sejam transferidos à nova estrutura sem prejuízo das vantagens inerentes ao plano e independentemente da ocupação de cargo em comissão ou função de confiança, lotados no museu em 31 de dezembro de 2009.

A transferência para o Ministério da Ciência e Tecnologia era um pleito antigo de pesquisadores. Após anos de carência de material de estudos e de pessoal, há a esperança de que, com a gestão definitivamente atribuída ao MCTI, hajam investimentos estruturais efetivos nas pesquisas desenvolvidas no local.

O Mello Leitão foi criado em 1949 pelo naturalista Augusto Ruschi (1915-1986), que recebeu do Congresso Nacional, em 1994, o título de “Patrono da Ecologia do Brasil”. A instituição, que desenvolve trabalhos com foco na biodiversidade da Mata Atlântica do Estado e voltados para educação e difusão científica na área de biodiversidade e na área de pesquisa e investigação científica, é uma das principais do país ligadas ao patrimônio natural.

Após a morte de Ruschi, houve um decréscimo no apoio obtido pela instituição de organizações internacionais, na época interessadas em investir nas pesquisas do naturalista, que empregava a própria natureza em estudos sobre enfermidades. Um deles, que combateu a raiva em morcegos sugadores de sangue, é usado até a hoje na Índia.

O Museu Mello Leitão fica no município de Santa Teresa, na região serrana do Estado.

Fonte: http://seculodiario.com.br/
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